terça-feira, 5 de outubro de 2010

Amamentação

As crianças devem ser amamentadas exclusivamente com leite materno (sem água, chás) até os seis meses de idade e, após essa idade, deverá ser oferecida alimentação complementar apropriada concomitante à amamentação até pelo menos a idade de 2 anos.
         Nos primeiros dias, o leite materno é chamado colostro, que contém mais proteínas e menos gorduras do que o leite maduro, ou seja, o leite produzido 7-10 dias após o parto.
         No leite maduro o primeiro leite é de cor esbranquiçada, mata a sede, fornece água, proteínas e sais minerais e o último, de cor mais intensa, contém uma quantidade maior de gordura e faz com que a criança ganhe peso.

             Quais as vantagens da amamentação?

O aleitamento Materno exclusivo durante o primeiro ano de vida está diretamente ligado à saúde e ao desenvolvimento da criança. Cada mamada representa uma vacina para o bebê. O leite materno oferece todos os nutrientes, proteção, desenvolve estruturas ósseas, psicológicas e neurológicas, não só para esse período como para seu desenvolvimento futuro também.
Amamentar representa um encaixe perfeito entre mãe e filho, cumprindo uma função de cordão umbilical externo. A mulher que amamenta vê reconfortada sua capacidade de continuar gerando vida através do alimento produzido pelo seu corpo.
A mãe é considerada a principal fonte de microorganismos importantes para o estabelecimento da microbiota digestiva da flora do recém-nascido tanto no parto quanto na amamentação, através do colostro e do leite humano, que oferece condições nutricionais (fatores de crescimento) favoráveis para essa implantação.
A mulher que amamenta também tem benefícios como o da sua saúde reprodutiva, no qual a prática freqüente com mamadas duradouras contribui para preservar a saúde materna ao ampliar o espaçamento entre gestações e partos.
A amamentação previne doenças da mama, auxilia o retorno ao peso anterior e a contração do útero ao seu tamanho real, é uma ação mais prática e barata, evitando outras despesas familiares.
Como amamentar o bebê?

Apesar de a sucção do bebê ser um ato reflexo, ele precisa aprender a retirar o leite do peito de forma eficiente. Quando o bebê pega a mama adequadamente o que requer uma abertura ampla da boca, abocanhando não apenas o mamilo, mas também parte da aréola, forma-se um lacre perfeito entre a boca e a mama, garantindo a formação do vácuo, indispensável para que o mamilo e a aréola se mantenham dentro da boca do bebê.
Com a posição inadequada da mãe e/ou do bebê na amamentação dificulta o posicionamento correto da boca do bebê em relação ao mamilo e a aréola, “má pega” que dificulta o esvaziamento da mama, levando a uma diminuição da produção de leite.
A mãe deverá oferecer uma mama, até esvaziá-la. Só depois deverá oferecer a outra. Isto garante que o bebê mame o primeiro e o último leite, receba todos os nutrientes e ganhe peso adequadamente

Qual a idade de parar de amamentar?

O desmame natural proporciona menos stress para a mãe e a criança, preenche as necessidades da criança (fisiológicas, imunológicas e psicológicas) até ela estar madura para tal e, teoricamente, fortalece a relação mãe e filho. Os sinais que indicam que a criança está madura para o desmame são: idade maior que um ano; menor interesse pelas mamadas; aceitação de outros alimentos; é segura na relação com a mãe; aceita outras formas de consolo; aceita não ser amamentada em certas ocasiões e locais; às vezes dorme sem mamar no peito; mostra pouca ansiedade quando encorajada a não amamentar e às vezes prefere brincar ou fazer outra atividade com a mãe em vez de mamar.



Referências
MACHADO, M. M. T.; BOSI, M. L. M. Compreendendo a prática do aleitamento exclusivo: um estudo junto a lactantes usuárias da rede de serviços em Fortaleza, Ceará, Brasil. Rev. Bras. Saúde Mater. Infant. Recife, v.8, n.2, 2008.
NOVAK, F. R. et al. Colostro humano: fonte natural de probióticos? J Pedriatr. v.77, n.4, 2001.
ANTUNES, L. S. et al. Amamentação natural como fonte de prevenção em saúde. Ciênc. Saúde coletiva. Rio de Janeiro, v.13, n.1, 2008.
ALMEIDA, J. A. G. Amamentação: um híbrido natureza-cultura. J. Pedriatr, v.80, n.5, 2004.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da Criança: Nutrição infantil: aleitamento materno e alimentação complementar. Brasília, 2009. 21-64p. Net. Disponível em:<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_nutricao_aleitamento_alimentacao.pdf> Acesso em: 25 set. 2009


Escrito por: Sandra e Thaís Manha.
Editado por: Mariam Chami, Estela Ricciardi, Fernanda Bueno e Lilian Lora.
Orientado por: Renata Pinotti Alves


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